"Desde o fato, ou melhor, um dia após o fato, nós não temos contato com ele, até porque a nossa matriz fica em Santa Catarina. Nós não sabemos onde ele está, mas o que eu posso afirmar é que ele não fará mais parte do quadro de funcionários da empresa", afirmou.
Segundo Maeve, o desligamento oficial de Júlio Cesar Santos Souza, de 44 anos, ainda não aconteceu porque ele não se apresentou para trabalhar. "Tem toda uma questão legal para essa demissão. Essa situação me deixou extremamente chocada e indignada, e essa reação dele mostra uma agressividade enorme, que não é compatível com a missão e o objetivo da empresa, que tem várias ações ambientais e em prol do animais", disse.
A TRC Zappellini divulgou uma nota de repúdio em relação à atitude do homem. Leia na íntegra:
"A Empresa TRC ZAPPELLINI, vem publicamente, após conhecimento dos fatos expressar toda indignação, tristeza e solidariedade diante dos atos de extrema crueldade, ocorridos no último dia 06 de julho de 2020 que vitimou o Cão da Raça Pit-Bull “Sansão”.
Esperamos que toda forma cruel de tratamento aos animais seja combatida e punida, tais condutas além de moralmente condenáveis, são legalmente vedadas, classificamos como absurdos e inaceitáveis os atos praticados com tamanha covardia.
A Crueldade das ações, confirmadas pelas autoridades competentes são inadmissíveis, consequência da fatídica e inexorável crueldade humana, impossível de ser compreendida. Lamentamos profundamente, não somos e jamais seremos coniventes com quaisquer praticas cruéis.
Esclarecemos que todas as providências necessárias e legais já estão sendo tomadas pela empresa, em relação aos fatos e a conduta praticada.
Por fim, que sejam responsabilizados os envolvidos pela terrível crueldade apontada e que com a conclusão das investigações, finalmente se ouça a voz da Justiça.
Parabenizamos, a rápida e necessária atuação dos ativistas, dos órgãos de defesa e proteção animal, pois são verdadeiros fiscalizadores e defensores que de forma assertiva, defendem seres indefesos, assegurando assim a punição aos agressores.
Firmamos ainda o nosso compromisso em fortalecer campanhas que já são desenvolvidas de conscientização sobre maus tratos e outros temas ligados a proteção dos animais, bem como coibir e aplicar todas as medidas legais dentro de nossas atribuições e competências.
Os animais são nossos fieis companheiros, merecem nossa defesa e proteção, respeitá-los e protege-los é um dever de todos."
Relembre
Sansão, de 2 anos, tomava conta de uma fábrica de ensacados, e o agressor mora ao lado da empresa. Na última segunda-feira (6), o animal foi encontrado ensanguentado e sem as duas patas no terreno do agressor.
Nessa quinta-feira (9), o cão ganhou cadeiras de rodas para poder se locomover.
A reportagem de O TEMPO tentou entrar em contato com o suposto agressor para falar sobre essa possível demissão, mas sem sucesso. Anteriormente, ele disse que, constantemente, o cão pula o muro e avança nos animais dele. "Eu já venho sendo incomodado há bastante tempo, já pedi, já avisei aos donos, fiz boletim de ocorrência e os donos não resolveram. Ontem, ele pulou o muro, invadiu meu terreno e agrediu meu cachorro. Eu não vou encarar um pitbull de mãos vazias. Ele pode ser dócil com os donos dele, mas eu não sou dono dele. Peguei alguma coisa para me defender caso ele avançasse", explicou o homem.
Nota deste Blog: A matéria do cão Sansão, assim que ocorreu, foi publicada neste Blog no último dia 7