O fascínio que a presidência de Câmara Municipal exerce aos seus ocupantes transitórios é coisa que pode explicar boa parte da triste política nacional. É aqui em baixo que grande parcela do que acontece neste País da Lava Jato tem início; é justamente o laboratório aonde sobram privilégios com o dinheiro público, e onde, o mau político e o corruptível aprende rápido "o que fazer" com essa dinheirama, ante privilégios em cascata e falta de rigorosa e intensa fiscalização.
Dificilmente há inspetoria de órgãos controladores, tipo TCU,s restando ao sempre atarefado MP investigar as representações que ali chegam.
Há pouco tempo o ex-presidente da Câmara Municipal de Três Corações, o Cassinho do Jukita, entre outras penalidades foi condenado à devolução de R$ 150 mil aos cofres públicos ( licitação de agência de publicidade, etc).
Agora foi a vez do ex-presidente Pulguinha, este com "melhor sorte", sendo condenado a devolver aos cofres públicos importância pouco superior a R$ 16 mil, a ser corrigido, motivado basicamente por diárias e outras despesas não comprovadas a sua necessidade.
É triste ver político o qual votamos, confiamos, e logo depois, descaradamente, usar seu mandato para abocanhar ou distribuir privilégios pessoais com dinheiro público, o dinheiro do povo, da saúde, educação, saneamento, etc. É aqui em baixo, sem dúvida, que grande parte das mazelas da mau política ganha corpo, haja vista as facilidades à disposição dessa turma. Rigor... muito rigor!
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