Dois empresário do Sul de Minas são suspeitos de usar gordura vegetal, fezes e ácido na adulteração de manteiga.
Na quinta-feira (20/10), a Polícia Federal, o Ministério Público Federal e o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) deflagraram a Operação Alcanos. O objetivo é apurar fraudes no registro, na fabricação e na comercialização de manteigas que substituem o creme de leite por gordura vegetal.
As investigações descobriram não apenas o uso de gordura vegetal no produto da marca Real da Fazenda, como também a presença de coliformes fecais e ácido sórbico e sorbato. Estes ácidos são conservantes não permitidos pelo regulamento federal que rege a produção do lacticínio.
As análises foram feitas em amostras da manteiga em supermercados. Segundo a PF, só no primeiro semestre de 2022, cerca de R$ 2,4 milhões foram destinados a compra de quase 10 mil caixas de gordura vegetal.
A 2ª Vara da Subseção Judiciária Federal de Pouso Alegre expediu dois mandados de prisão temporária para os sócios e sete de busca e apreensão para as cidades de Pouso Alto, Itamonte (ambos no Sul de Minas), Taboão da Serra e Itapecerica da Serra (São Paulo).
Segundo a PF, os ganhos irregulares foram estimados em aproximadamente R$ 12 milhões, com base nas vendas dos últimos dois anos. A Justiça Federal ordenou o sequestro de bens no valor de quase R$ 12,4 milhões.
De acordo com informações, a empresa de Pouso Alto se recusava a receber visitas da Vigilância Sanitária desde 2020. Os dois sócios teriam inclusive ameaçado um fiscal do Mapa.
Os investigados responderão por corrupção, adulteração de produtos alimentícios, falsa indicação e falsificação de selo federal e ameaça. Caso sejam condenados pelos crimes, podem pegar até 24 anos de prisão.
O Ministério da Agricultura determinou o recolhimento dos produtos fabricados do varejo.
Adoro esse sabor de cocô na manteiga.! Quanto mais melhor!
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