Todas as gestantes foram incluídas, nesta sexta-feira (11), no grupo prioritário de vacinação contra Covid-19 em Minas Gerais. Atualmente, a taxa de letalidade da doença neste grupo é o dobro em relação à população em geral. Até o momento, apenas grávidas com outras comorbidades poderiam se vacinar. Em Belo Horizonte, a prefeitura informou que ainda não foi comunicada oficialmente sobre a recomendação.
A mudança no protocolo aconteceu depois que diferentes entidades pressionaram, ao longo da semana, pela posição a favor da vacinação de grávidas sem outras comorbidades no Estado. Cidades como São Paulo (SP) e Natal (RN) já iniciaram, no início desta semana, a vacinação deste grupo, mediante apresentação de laudos médicos.
Segundo dados do DataSus, em Minas Gerais, a letalidade da Covid entre grávidas e puérperas (até 45 dias após o parto) é 105,3% superior do que a média na população geral. No ano passado, 25 mulheres nessas condições morreram no Estado. Já nos cinco primeiros meses deste ano, 124 gestantes vieram a óbito em Minas Gerais, totalizando 149 vítimas: um aumento de 416% desde a virada do ano (veja os detalhes abaixo).
De acordo com a Secretária de Estado de Saúde (SES-MG), as grávidas, puérperas e lactantes, sem outras comorbidades, serão vacinadas assim que novas remessas dos imunizantes da Pfizer e da Coronavac forem destinadas ao Estado.
Entenda
As grávidas e puérperas como um todo chegaram a ser incluídas no Programa Nacional de Imunizações (PNI), do governo federal, mas a investigação de mortes de mulheres após o uso do imunizante da Astrazeneca fizeram a orientação do Ministério da Saúde mudar, seguindo recomendação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), no dia 11 de maio. Passou-se, então, a priorizar apenas a vacinação de grávidas com outras comorbidades – ainda assim, apenas com vacinas Coronavac, que não chegam a Minas Gerais desde 18 de maio, ou Pfizer.
Em Belo Horizonte, a prefeitura informa que “segue rigorosamente as orientações do Ministério da Saúde”. Por isso, atualmente, estão sendo vacinadas contra a Covid-19 “grávidas com comorbidades que estejam especificadas como trabalhadoras de serviços essenciais (desde que tenha a avaliação individual de risco benefício realizada em conjunto com o médico)”, informou. O município destacou ainda que, para a imunização deste público-alvo, é imprescindível que novas remessas de vacinas sejam entregues.
Em contato com a reportagem, o Ministério da Saúde informou que a recomendação é para que gestantes, puérperas e lactantes recebam a vacina Covid-19 "desde que pertençam a um dos grupos prioritários, especialmente se tiverem alguma comorbidade". Todavia, a pasta frisa que seguir a orientação não é algo obrigatório aos prefeitos. "Os gestores locais do SUS têm autonomia para seguir com a estratégia regional de vacinação, de acordo com as demandas locais", informa.
A Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG), ainda não informou uma data para vacinação das grávidas e puérperas sem comorbidades, e frisa seguir as orientações do PNI. "Minas Gerais vai inserir este grupo na vacinação, assim que novas remessas da Pfizer e da Coronavac forem destinadas ao estado", diz.
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