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terça-feira, 22 de junho de 2021

Força-tarefa investiga corrupção no Sistema Penitenciário de MG


Sete servidores públicos foram afastados, dentre eles um diretor regional, um superintendente e diretores de presídios.

A Força Integrada de Combate ao Crime Organizado (FICCO) deflagrou, nesta terça-feira (22), a Operação “Catira” para o combate à corrupção no Sistema Penitenciário de Minas Gerais. Além de 12 mandados de busca e apreensão, foi apresentada medida cautelar de afastamento de função pública de sete investigados, dentre eles um diretor regional, um superintendente e diretores de presídios no estado. Não foram informados os municípios de lotação dos servidores afastados.

A FICCO é uma força-tarefa coordenada pela Polícia Federal e integrada pela Polícia Civil, Polícia Militar, Polícia Penal estadual e Polícia Penal federal. A Operação Catira investiga supostos crimes de peculato e corrupção passiva/ativa por parte de servidores públicos, detentos e terceiros.

De acordo com informações da Polícia Federal, os investigados teriam utilizado a estrutura da oficina mecânica de um presídio localizado na Região Metropolitana de Belo Horizonte e a mão de obra de custodiados, que recebiam benefícios indevidos, para realizar manutenção em veículos particulares.

A Operação também apura a conduta de um policial penal que ocupa cargo de direção no sistema prisional e teria oferecido vantagens a um detento condenado a 36 anos de prisão pelos crimes de estupro de vulnerável e pornografia infantil.

O cautelado teria sido beneficiado com acesso à internet e dispositivos eletrônicos não permitidos em ambiente prisional após ter sido designado para trabalhar no setor de tecnologia, mecânica e eletrônica da unidade prisional. “Ainda pesa contra esse detento a suspeita de que teria pago/entregue vantagens indevidas (como equipamentos eletrônicos e serviços relacionados a informática) a servidores públicos do sistema prisional”, informou a PF

A operação

O termo “catira” é uma expressão regional que significa troca. Segundo a PF, no contexto da investigação, refere-se à troca de mão de obra de presos e de outras vantagens ilícitas, visando à obtenção de benefícios indevidos.

Estado garante combater corrupção nos presídios

Diante dos desdobramentos da Operação Catira, deflagrada nesta terça-feira (22) pela Ficco-MG, para combater corrupção no Sistema Penitenciário de Minas Gerais, a Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) e o Departamento Penitenciário de Minas Gerais (Depen-MG) ressaltam que não compactuam com quaisquer desvios de conduta de seus servidores. “Toda a operação contou com irrestrito apoio da Sejusp e do Depen-MG, em todas as etapas da investigação. Como já ressaltado, a própria Polícia Penal é parte do grupo integrado de apuração.”

A secretaria acrescenta que tem atuado, com prioridade e dentro do que prevê a lei, no combate a ações criminosas e no flagrante e investigação de posturas inadequadas com a conduta esperada de um profissional da segurança pública. “O combate à corrupção é prioridade dessa gestão da Sejusp”, finaliza a pasta, por meio de nota.

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