Com a suspensão da produção e comercialização de todas as cervejas e chopes produzidos pela Backer, nesta segunda-feira (13), outras 20 marcas da empresa, além da Belorizontina, deverão ser recolhidas dos pontos de venda. A empresa detém, atualmente, 21 produtos, que tiveram a circulação proibida pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).
A medida foi tomada após a Polícia Civil informar, na manhã desta segunda, que exames realizados em amostras colhidas na fábrica da cervejaria indicaram a presença de dietilenoglicol e monoetilenoglicol em amostras colhidas no tanque de resfriamento. Uma nova vistoria deve ser feita nesta terça-feira (14).
Apesar de proibir a venda, o Mapa salientou que, por enquanto, só foram encontrados vestígios de dietilenoglicol e monoetilenoglicol em amostras da marca Belorizontina, sendo a ação desta segunda uma medida preventiva.
"Até o momento não há resultado laboratorial que confirme a presença de etilenoglicol ou dietilenoglicol em outras marcas de cerveja da empresa, estes produtos estão sendo analisados e, caso existam resultados positivos, novas medidas serão adotadas", diz nota enviada à imprensa.
Confira os 21 produtos que devem ser recolhidos:
Backer Pilsen - Backer Trigo - Backer Pale Ale - Bakcer Brown - Medieval - Pele Vermelha - Bravo -Exterminador de Trigo - Três Lobos - Capitão Senra -Corleone - Tommy Gun - Diabolique - Backer Pilsen - Export - Backer Bohemia Pilsen - Julieta - Backer Reserva do Proprietário - Fargo 46 - Cabral - Cacau Bomb - Belorizontina
A forma como os produtos serão recolhidos ainda será divulgada pela empresa. O Mapa não detalhou se houve determinações quanto ao prazo e a forma de retirada de circulação.
Backer vai recorrer
Em nota, a cervejaria informou na noite desta segunda-feira (13) que a decisão do Ministério da Agricultura será contestada na Justiça. "A Backer informa que a medida de recall solicitada pelo Ministério da Agricultura está sendo objeto de apreciação judicial para revogação do ato. A cervejaria reitera que não faz uso do dietilenoglicol em seu processo produtivo e que o episódio apurado pelas autoridades, limita-se ao lote “Belorizontina”, não tendo qualquer relação com os demais rótulos da empresa, que possui processos autônomos de produção".
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