Aécio Neves e Dimas Toledo |
A Polícia Federal (PF) pediu mais 60 dias para investigar o deputado Aécio Neves (PSDB-MG) em inquérito que mira supostos repasses de R$ 50 milhões das empreiteiras Andrade Gutierrez e Odebrecht oriundos de contratos para as usinas hidrelétricas de Jirau e Santo Antônio, em Rondônia. Os investigadores afirmam ter localizado empresários que alugaram uma sala comercial no bairro de Ipanema, na zona sul do Rio, onde teriam sido entregues R$ 28,2 milhões em espécie.
Neste inquérito, delatores da Odebrecht afirmam que o tucano teria defendido os interesses da empreiteira nas usinas hidrelétricas do Rio Madeira, Jirau e Santo Antônio. Os executivos dizem que repasses eram acertados com o ex-diretor de Furnas Dimas Toledo, aliado do tucano, e destinados à campanha de Aécio em 2010.
A maioria dos depósitos teria sido feita em uma conta em Cingapura controlada por Alexandre Accioly, empresário amigo do deputado, que é dono da rede de academias Bodytech. Nos autos, Accioly nega ser intermediário do tucano.
Relatório da PF revela pagamentos de US$ 900 mil da Odebrecht a contas no exterior.
Um dos delatores chamados a depor foi Enio Augusto Pereira e Silva, da Odebrecht, que falou à PF em dezembro de 2018. Ele citou pagamentos relacionados a “Mineirinho”, codinome de Aécio nas planilhas da empreiteiras segundo delatores, e mencionou uma reunião entre Dimas Toledo e outro executivo da empreiteira, Henrique Valladares.
A Polícia Federal fez perícias nos sistemas de contabilidade paralela da Odebrecht para identificar dados relacionados às entregas ao codinome “Mineirinho”. “Foi possível, por meio de pesquisas em relatórios derivados dos Sistemas MyWebDay (Subseção 1.3) e Drousys (Subseção 1.1), extrair informações a respeito de registros de pagamentos ao Codinome ‘Mineirinho’ alocados no centro de custos/obra “UA77222 – Projeto Madeira”, diz o relatório.
A PF citou 20 repasses que somam R$ 28,2 milhões a um intermediário de nome “Antônio”, em endereço localizado na Rua Visconde de Pirajá, no bairro de Ipanema, Rio de Janeiro. As entregas de dinheiro teriam ocorrido entre junho de 2009 e dezembro de 2010. Também consta um número de telefone celular ao lado do suposto intermediário.
Segundo as investigações, no endereço citado, estava sediada a SOA & W Serviços de Digitação Ltda, representada por José Antonio Estevão Soares. O empresário, no entanto, faleceu em 2012, de acordo com cadastro da Receita Federal.
A PF afirma que o empresário “possivelmente era a pessoa conhecida por Antônio’, que é citada nos sistemas da empreiteira Já o telefone para contato registrado ao lado de “Antonio” estaria em nome de Eduardo Luiz Alvarenga Lima.
Ao pedir a prorrogação do inquérito, no dia 1.º de fevereiro, a PF ressaltou a necessidade de se ouvir Walter Mesquita, que foi sócio de José Antonio Soares, além de Eduardo Luiz Alvarenga Lima e outros delatores e testemunhas.
Defesa
O advogado Alberto Zacharias Toron, que defende o parlamentar tucano, se manifestou por meio de nota: “o deputado Aécio Neves desconhece o nome mencionado e qualquer endereço de suposta entrega de recursos por parte da empresa. Ele repudia ainda qualquer ilação que tenta vincular seu nome aos supostos fatos. Todas as doações feitas pela Odebrecht às campanhas do PSDB estão devidamente registradas junto à Justiça eleitoral”, afirmou.
13/2 Jovem Pan/com Estadão
Neste inquérito, delatores da Odebrecht afirmam que o tucano teria defendido os interesses da empreiteira nas usinas hidrelétricas do Rio Madeira, Jirau e Santo Antônio. Os executivos dizem que repasses eram acertados com o ex-diretor de Furnas Dimas Toledo, aliado do tucano, e destinados à campanha de Aécio em 2010.
A maioria dos depósitos teria sido feita em uma conta em Cingapura controlada por Alexandre Accioly, empresário amigo do deputado, que é dono da rede de academias Bodytech. Nos autos, Accioly nega ser intermediário do tucano.
Relatório da PF revela pagamentos de US$ 900 mil da Odebrecht a contas no exterior.
Um dos delatores chamados a depor foi Enio Augusto Pereira e Silva, da Odebrecht, que falou à PF em dezembro de 2018. Ele citou pagamentos relacionados a “Mineirinho”, codinome de Aécio nas planilhas da empreiteiras segundo delatores, e mencionou uma reunião entre Dimas Toledo e outro executivo da empreiteira, Henrique Valladares.
A Polícia Federal fez perícias nos sistemas de contabilidade paralela da Odebrecht para identificar dados relacionados às entregas ao codinome “Mineirinho”. “Foi possível, por meio de pesquisas em relatórios derivados dos Sistemas MyWebDay (Subseção 1.3) e Drousys (Subseção 1.1), extrair informações a respeito de registros de pagamentos ao Codinome ‘Mineirinho’ alocados no centro de custos/obra “UA77222 – Projeto Madeira”, diz o relatório.
A PF citou 20 repasses que somam R$ 28,2 milhões a um intermediário de nome “Antônio”, em endereço localizado na Rua Visconde de Pirajá, no bairro de Ipanema, Rio de Janeiro. As entregas de dinheiro teriam ocorrido entre junho de 2009 e dezembro de 2010. Também consta um número de telefone celular ao lado do suposto intermediário.
Segundo as investigações, no endereço citado, estava sediada a SOA & W Serviços de Digitação Ltda, representada por José Antonio Estevão Soares. O empresário, no entanto, faleceu em 2012, de acordo com cadastro da Receita Federal.
A PF afirma que o empresário “possivelmente era a pessoa conhecida por Antônio’, que é citada nos sistemas da empreiteira Já o telefone para contato registrado ao lado de “Antonio” estaria em nome de Eduardo Luiz Alvarenga Lima.
Ao pedir a prorrogação do inquérito, no dia 1.º de fevereiro, a PF ressaltou a necessidade de se ouvir Walter Mesquita, que foi sócio de José Antonio Soares, além de Eduardo Luiz Alvarenga Lima e outros delatores e testemunhas.
Defesa
O advogado Alberto Zacharias Toron, que defende o parlamentar tucano, se manifestou por meio de nota: “o deputado Aécio Neves desconhece o nome mencionado e qualquer endereço de suposta entrega de recursos por parte da empresa. Ele repudia ainda qualquer ilação que tenta vincular seu nome aos supostos fatos. Todas as doações feitas pela Odebrecht às campanhas do PSDB estão devidamente registradas junto à Justiça eleitoral”, afirmou.
13/2 Jovem Pan/com Estadão
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