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terça-feira, 6 de junho de 2017

Polícia prende um dos maiores estelionatários de BH


A Polícia Civil apresentou na manhã desta terça-feira (6) um dos maiores estelionatários de Belo Horizonte. O jovem de 27 anos chegou a criar uma associação que oferecia especialidades médicas, serviços de advocacia para pessoas de renda baixa. Não satisfeito, o “faz tudo” ainda se passava por policial civil e oferecia serviços de reboque.
Na rua Carijós, no centro de Belo Horizonte, funcionava o escritório do suspeito, que aplicava golpes há cerca quatro anos. “Ele criou o Convênio de Profissionais Liberais do Estado de Minas Gerais (Ceplemg) e oferecia planos médicos com preços que variavam de R$ 75 a 600 por mês. Em tese, o associado teria direito a 25 especialidades. No entanto, no contrato existia uma cláusula afirmando que toda solicitação deveria passar por uma análise técnica. Com isso, ele arrumava um jeito de barrar e o serviço nunca era realizado”, contou o delegado Rodrigo Damiano.
A investigação começou no fim de janeiro deste ano, após uma das vítimas procurar a polícia. “Além da Ceplemg, ele também se identificava como repórter investigativo federal e afirmava que conseguia quebrar o sigilo das conversas do WhatsApp. Diante dessa promessa, um jovem de 23 anos o procurou para descobrir as mensagens da namorada. Claro que o estelionatário não conseguiu, e com isso a vítima foi reclamar”, disse o delegado.
No escritório, o jovem foi ameaçado pelo suspeito, que apresentou uma segunda profissão: policial civil. Dizendo que outros dois amigos policiais estavam do lado de fora do escritório, ele ordenou que a vítima praticasse atos libidinosos nele ou, caso contrário, seria espancada. “Depois do abuso sexual, o homem ainda afirmou que tinha filmado todo o fato e divulgaria as imagens caso fosse denunciado. A vítima chegou a pensar em tirar a própria vida. Logo depois das ameaças, ela acionou a polícia”, contou Damiano.
Durante as investigações, ao menos 20 vítimas foram identificadas. No entanto, a polícia acredita que o número seja maior. “Ele oferecia de tudo, até serviço de reboque tinha. Ele também se passou por advogado, criou um mandado de prisão falso contra um dos conveniados e ofereceu seus serviços para que conseguisse resolver os problemas. É uma pessoa que tem boa lábia e sabe enganar”, afirmou o delegado.
Chorando muito e dizendo estar passando mal, o preso não deu sua versão para os fatos.
(Minas Hoje)

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