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terça-feira, 17 de janeiro de 2017

PCC EM TRÊS CORAÇÕES E SUL DE MINAS. VEJA PARTE DE ESTUDO


Não é segredo que o PCC está em Três Corações há cerca de 10 anos (surgiu com o massacre do Carandiru, em 1992, e tem Marcola como líder). Com o recente estudo do jornal Folha de SP e republicado no jornal O Tempo (16) o Primeiro Comando domina a Penitenciária de Três Corações e ali forma novos "soldados". Embora a organização evite o embate com a população, a violência se faz evidente com a disputa por pontos de venda de drogas, tornando a outrora pacífica cidade em uma das mais violentas do Estado, notadamente pelo alto número de crimes violentos com morte.

Veja parte do estudo

No Sul de Minas, o Primeiro Comando da Capital (PCC) também tem-se organizado para conquistar o domínio de cadeias. A facção já tem grupos dominantes em Três Corações, São Lourenço e Itajubá. Em outubro de 2016, a organização articulou uma greve de fome entre os detentos da região para forçar a concessão de regalias. Porém, na penitenciária de Itajubá, dois presos ligados ao Comando Vermelho furaram o movimento e desmobilizaram a ação. Dias depois, uma rebelião estourou no presídio, e dois agentes penitenciários foram feitos reféns.
“Tudo foi divulgado. O que as pessoas não sabiam é que os membros do PCC queriam matar os dois presos do Comando Vermelho, a mesma facção rival que tem provocado a disputa nos presídios do Norte do país. Só que ambos já tinham sido retirados. Diante dessa situação, eles afirmaram que só soltariam os agentes se os dois membros do grupo rival fossem entregues”, contou o presidente do Sindicato dos Agentes de Segurança Penitenciária de Minas Gerais (Sindasp-MG), Adeílton Rocha. A troca acabou não acontecendo.
Ele afirma que as facções só tomam conta das cadeias por causa da falta de investimentos. “Queremos presídios com infraestrutura e segurança para agentes e internos. Em um local com condições mínimas, com oferta de trabalho e estudo e agentes preparados, as facções fatalmente perderão espaço”.

Entrevista de Marcola ao O Globo, em 2006
Marcos Willians Herbas Camacho, mais conhecido como Marcola, é um criminoso brasileiro considerado, pelo Estado de São Paulo, o líder da organização criminosa Primeiro Comando da Capital. Marcola nega, porém o PCC tem liderança. Atualmente está preso no presídio de segurança máxima de Presidente Venceslau.

"Estamos todos no inferno. Não há solução, pois não conhecemos nem o problema"

"- Solução? Não há mais solução, cara… A própria idéia de “solução” já é um erro. Já olhou o tamanho das 560 favelas do Rio? Já andou de helicóptero por cima da periferia de São Paulo? Solução como? Só viria com muitos bilhões de dólares gastos organizadamente, com um governante de alto nível, uma imensa vontade política, crescimento econômico, revolução na educação, urbanização geral; e tudo teria de ser sob a batuta quase que de uma “tirania esclarecida”, que pulasse por cima da paralisia burocrática secular, que passasse por cima do Legislativo cúmplice (Ou você acha que os 287 sanguessugas vão agir? Se bobear, vão roubar até o PCC…) e do Judiciário, que impede punições. Teria de haver uma reforma radical do processo penal do país, teria de haver comunicação e inteligência entre polícias municipais, estaduais e federais (nós fazemos até conference calls entre presídios…). E tudo isso custaria bilhões de dólares e implicaria numa mudança psicossocial profunda na estrutura política do país. Ou seja: é impossível. Não há solução."

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