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terça-feira, 17 de janeiro de 2017

MOTIM EM PRESÍDIO DE MINAS É CONTROLADO

Detentos fizeram um motim na noite de ontem (16) no Presídio Antônio Dutra Ladeira, em Ribeirão das Neves (MG), na região metropolitana de Belo Horizonte. Por volta das 19h, eles começaram a queimar colchões e jogá-los para fora das celas de quatro pavilhões. A situação foi controlada na madrugada. A Ordem dos Advogados do Brasil, em Minas Gerais, defende a transferência de alguns presos.
Em um vídeo divulgado nas redes sociais, um homem falando em nome dos presos, com o rosto escondido, faz ameaças e culpa o diretor da penitenciária, Rodrigo Machado, pela situação. “Nós vamos meter fogo em tudo. Vai queimar, vai morrer muita gente. Não é brincadeira […] Vai rolar sangue”, diz. Ele pede ainda responsabilidade com as visitas e critica o abuso de poder. Do lado de fora da unidade prisional, parentes dos detentos também fizeram um ato.
As conversas com os manifestantes contaram com a mediação de representantes da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-MG), do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) e da Defensoria Pública de Minas Gerais. Segundo o advogado Fábio Piló, presidente da Comissão de Assuntos Penitenciários da OAB-MG, os detentos alegaram que o descontentamento é motivado pelas agressões físicas e psicológicas por parte do Grupo de Intervenção Rápida (GIR), que é composto por agentes penitenciários e tem como atribuição a garantia da ordem, da disciplina e da segurança interna das unidades prisionais de Minas Gerais.
Os presos reivindicaram ainda melhorias nos atendimentos médico, odontológico e psicológico e no tratamento aos parentes, que também estariam sofrendo abusos. Segundo Fábio Piló, as mudanças nas regras para visitas foi outro motivo de descontentamento, embora fossem uma causa secundária do motim. “Um nova normativa do estado estabeleceu visitas de 15 em 15 dias em todas as unidades prisionais. Até então, no presídio Antônio Dutra Ladeira, eles recebiam a família semanalmente”, disse o advogado da OAB-MG.
Apesar das ameaças, não houve mortes ou fugas. Segundo a Secretária de Administração Penitenciária (Seap), foram registrados apenas presos e um agente com ferimentos leves. A situação foi controlada após intervenção da Polícia Militar e do Comando de Operações Especiais (COPE) durante a madrugada. Oito presos sofreram escoriações e um agente penitenciário teve um corte no supercílio. Em procedimento de segurança, os detentos foram recolhidos às celas e revistados. Eles seguem encarcerados.

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