O número de moradores do Sul de Minas que se declaram pretos cresceu 27,5% desde 2010, segundo dados do Censo 2022 divulgados nesta sexta-feira (22) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).A parcela da população que se declara parda também cresceu: +25,2% em relação ao que era em 2010.
Em contrapartida, caiu em 64% o número de pessoas que se consideram amarelas. Os que se consideram indígenas caiu 17% e o número de pessoas que se consideram brancas caiu 3,8%.
Veja os números:
- Os brancos são 1,776 milhão, 61,3% da população da região. Em 2010, eram 67,1%.
- Os pardos são 888,1 mil, 30,6% da população. Em 2010, eles eram 25,8%.
- Os pretos cresceram 27,5% na última década. Eles são 228,3 mil ou 7,8% da população regional. Em 2010, eles eram 6,5%.
- A população amarela é hoje de 5.347 pessoas no Sul de Minas, o que representa 0,2% da população. Em 2010, eles eram 14.880 e representavam 0,5%.
- Já a população indígena soma hoje 1.684 pessoas no Sul de Minas, ou 0,1% da população. Em 2010, os indígenas somavam 2.031 pessoas.
Quem define a cor ou raça de cada um
A definição da cor ou raça no Censo é feita por autodeclaração. Ou seja, o morador entrevistado identifica a si mesmo de acordo com uma de cinco alternativas: branca; preta; amarela; parda ou indígena (havia a opção de não declarar a raça, mas só 0,005% dos entrevistados decidiram assim).
O instituto considera amarelas pessoas com ascendência de alguns países orientais, como Japão e China, por exemplo. Quando o indivíduo assim se identificava, o pesquisador explicava isso e dava a chance para que a opção fosse alterada ou mantida.
Embora o quesito cor seja pesquisado no Brasil desde o primeiro Censo de 1872, ele passou a ser denominado “cor ou raça” apenas partir de 1991. Por isso, a série histórica divulgada pelo IBGE começa ali.
(G1)
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