O reitor da UFLA marcou para o próximo dia 30/08/2023, quarta-feira, a reunião do conselho universitário que decidirá o futuro – ou a falta dele – da Fundação para o Desenvolvimento Científico Cultural (FUNDECC), principal financiadora e executora dos projetos da universidade.
O reitor designou para participar da elaboração desse relatório o assessor de Governança da UFLA Adriano Higino Freire. Adriano é visto na comunidade acadêmica como o braço direito do reitor.
Buscamos acesso a esse relatório, mas a informação que obtivemos é que o relatório está sendo mantido em sigilo pela Reitoria e será apresentado somente na reunião do Conselho Universitário (CUNI), órgão máximo de deliberação da instituição e presidido pelo reitor.
Várias hipóteses sobre esse tema circulam entre os membros da comunidade acadêmica.
Para os poucos defensores do atual reitor, ele está apenas fazendo o seu papel de gestor da UFLA. Já para outros, o reitor está expondo sem necessidade de forma muito negativa a Fundação e todos os professores, técnicos-administrativos e alunos que participam de projetos de pesquisa, projetos científicos e projetos acadêmicos da FUNDECC.
Para uma outra parte da comunidade o dirigente está tornando esse assunto público porque ele quer lançar suspeitas ou colocar em investigação possíveis concorrentes ou apoiadores dos concorrentes do seu candidato oficial na eleição deste ano para reitor e vice. Somente o fato de estar sendo investigado, ainda que com indícios frágeis, pode limitar e enfraquecer alguns concorrentes políticos a poucos meses da eleição.
O texto desse relatório da Governança do reitor pode levar o conselho universitário a decidir pelo fechamento da FUNDECC. Se o que o reitor disse no vídeo publicado pelo Portal Lavras Online for verdade, esse relatório pode levar à demissão de vários professores da UFLA. Além disso, pode fazer vários professores prestarem depoimento na Polícia Federal (PF).
Algumas dúvidas estão no ar e não temos as respostas:
I) Porque o reitor vai tornar esses fatos públicos a 3 meses da eleição?
II) Será que de fato o reitor como ex-pró-reitor do orçamento e reitor por 3 anos foi incapaz de descobrir esses supostos fatos e só teve ciência desses “indícios de irregularidades” agora?
III) Será que o reitor colocará em investigação apenas pessoas ligadas a grupos políticos concorrentes ou terá coragem de incluir na investigação os seus aliados?
IV) Por que o reitor não deixou a Polícia federal investigar e o Poder Judiciário julgar e só depois se manifestou?
V) Será que se não tivéssemos eleição para reitoria da UFLA nesse ano o dirigente levaria esses “indícios de irregularidades” para a mídia?
Entenda o contexto
Em vídeo publicado pelo Portal Lavras Online o reitor disse que havia “indícios de irregularidades” que “levaram a fundação praticamente a bancarrota” e que “tem casos que são casos de polícia” e que esses indícios de irregularidades foram encaminhados para o poder público para apuração. O reitor disse que irá “delatar os responsáveis”.
(Corvo Veloz - Sebastião Filho)
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