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segunda-feira, 22 de maio de 2023

VEREADOR DR MAURÍCIO GADBEM DISCORRE SOBRE A VELHICE E SUAS DORES (DA ALMA) E SUAS PERDAS




Nessa semana, atendi uma senhora, que há pouco mais de um mês estando hospitalizada, ainda não havia sido informada de que seu marido, companheiro de toda uma vida, havia falecido. Também, chorei junto a um casal de velhinhos lembrando de seus únicos dois filhos, ambos falecidos pela Covid. E, já no alto da sexta, recebi um pai, de idade avançada, querendo saber que providências deveria tomar para assistir sua filha que havia tentado o suicídio.

O que a vida nos reserva? Há algo em comum nestas três histórias: a velhice e suas dores. Não as dores do corpo, mas as dores da alma. O quanto estamos preparados para enfrentar as perdas, pra viver os lutos, pra suportar os medos? A vida é mestra que diariamente nos ensina, mas será que aprendemos? Será que as experiências dolorosas que vivemos nos modificaram o suficiente para que, por fim, abandonássemos nossas ilusões?

Algumas pessoas, que qualificamos como resilientes, conseguem abrir mão destas ilusões. Conseguem não se deixar sedar pelas mentiras contadas e repetidas como verdades. Conseguem aos poucos aceitar o que têm de mais humano. Mas, outras, as resistentes, reagem às dores da vida de modo onipotente, negando-as, mergulhando ainda mais fundo em novas ilusões. As primeiras chegam à velhice mais inteiras, mais preparadas para usufruí-la em sua plenitude. As segundas, estas não amadureceram o suficiente para admiti-la como parte da vida, são crianças num corpo envelhecido.

Não é fácil envelhecer. Queremos viver muito tempo, mas não queremos ficar velhos. Resistimos tanto que, por fim, apodrecemos, perdendo aquilo que de melhor poderíamos deixar no minuto seguinte à queda da árvore que habitamos: ser semente. A verdade é que o mundo de hoje amplia nossas crenças em ilusões tão sedutoras quanto perigosas. Somos como semi-deuses ancorados em promessas tecnológicas, escondidos de nós mesmos atrás de telas, e nos afogando em nossa própria imagem.

Não sei como aquela mulher vai reagir quando lhe disserem que seu marido partiu. Não sei como é a vida de alguém que perdeu seus únicos dois filhos. Não sei que culpas carrega o pai de uma filha que tentou o suicídio. Nessa reflexão, tenho mais perguntas que respostas: Como conseguir reconhecer que o que se tem importa mais que o que se perdeu? Que a frugalidade é a resposta precisa à fragilidade? Que somente se perde o que se teve? Que o segredo está em ter mesmo quando se Perdeu?

Vamos refletir juntos sobre o envelhecimento e as dores da vida?

Compartilhe suas experiências nos comentários e vamos aprender uns com os outros.

4 comentários:

  1. Este comentário foi removido por um administrador do blog.

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  2. MATÉRIA PAGA.....ANO QUE VEM TEM ELEIÇÃO.

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  3. (...) botou a (...) do Pelé pra gastar dinheiro da prefeitura com ponto de ônibus em formato de bola. 700 mil vai custar aos cofres. Chega de tanto Pelé, ninguém lembra mais dele.

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  4. Só pra constar, ninguém aguenta mais a (...) do Pelé aqui no prédio, destratando todo mundo, se metendo em secretaria que não tem haver com ele. Mais educação por favor.
    Por isso que era bom na época do Dr Cláudio que deixou ele louco rapidinho até pedir pra sair.

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