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segunda-feira, 20 de fevereiro de 2023

CHUVA QUE CAIU EM 24 HORAS NO LITORAL NORTE FOI O MAIOR REGISTRO DA HISTÓRIA DO BRASIL

 


Volume de chuva em Bertioga (SP) é o maior registro do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) e do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet).

As chuvas que caíram em entre sexta-feira (18) e sábado (19) no Litoral Norte de São Paulo foram as maiores registradas em 24 horas na história do país, segundo dados do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) e do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet).
O Cemaden instalou a maior parte dos pluviômetros, mecanismo que verifica a quantidade de chuva, da rede de observação do país em 2013.
O volume que caiu em Bertioga, 683 milímetros acumulados no período, é o maior registro do sistema até o momento. Na tragédia de Petrópolis, em 2022, foram registrados 534,4 milímetros. Já o recorde do Inmet, de 1991, da cidade de Florianópolis, é de 404,8 mm em 24 horas.
Para cada milímetro de chuva que cai, o volume equivale a um litro despejado por uma área de 1 metro quadrado.
Até às 19h, o volume elevado de chuva na região deixou 40 mortos (39 em São Sebastião e um em Ubatuba). Como consequência, foi decretado estado de calamidade em seis cidades e luto oficial de três dias. Em todo o estado de São Paulo, são 1.730 desalojados e 766 desabrigados. Em Bertioga, foram registrados alagamentos, queda de árvores e barreiras, falta de luz e a rodovia Rio-Santos ficou interditada.
O triste recorde foi citado pelo governo de São Paulo em nota divulgada nesta segunda-feira (20). "São Sebastião foi um dos municípios mais afetados neste feriado prolongado de carnaval, com deslizamentos de encostas, alagamentos e bairros isolados devido à interdição de vias de acesso. O número de mortos já supera a tragédia de Franco da Rocha, em 2022, com o deslizamento que matou 18 pessoas. O acumulado de chuva nessa oportunidade foi de 70 milímetros em 24 horas", afirmou.
Meteorologista do Cemaden, Giovani Dolif afirma que a chuva que caiu na região durante o carnaval foi atípica. "Comum não é, até porque a gente não vê esse estrago nem todo dia, nem todo ano. A gente teve em Santos em 2020", afirma, citando a tragédia que deixou 45 mortos.

Maior chuva da história do país?

Seluchi, no entanto, afirma que não é possível dizer que essa chuva foi a maior da história do país, já que não há registros em toda a história do país e há regiões brasileiras que até hoje não tem medição, como áreas da Amazônia.
"É muito difícil dizer que é a maior da história. Temos chuva amazônicas que também não sabemos, não conhecemos, tem muito território que não tem um pluviômetro para registrar", pondera.
Para ilustrar a ponderação, o meteorologista cita uma chuva que foi registrada no Litoral Norte de São Paulo, na cidade de Caraguatatuba, em 1967, e deixou cerca de 450 mortos. "O pluviômetro [da cidade] comportava até 400mm e ele transbordou, não se sabe quanto choveu, mas pela magnitude dos estragos, parece ter sido muito pior que isso que aconteceu no fim de semana", afirma.
(G1)

2 comentários:

  1. Lamentável.


    Mas Deus sabe de tudo!

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  2. Povo vive igual maritaca....sabem dos riscos e constroem casa na pirambeira. Todo ano é essa merda. Ano que vem tem mais!

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