Volume de chuva em Bertioga (SP) é o maior registro do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) e do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet).
As chuvas que caíram em entre sexta-feira (18) e sábado (19) no Litoral Norte de São Paulo foram as maiores registradas em 24 horas na história do país, segundo dados do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) e do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet).
O Cemaden instalou a maior parte dos pluviômetros, mecanismo que verifica a quantidade de chuva, da rede de observação do país em 2013.
O volume que caiu em Bertioga, 683 milímetros acumulados no período, é o maior registro do sistema até o momento. Na tragédia de Petrópolis, em 2022, foram registrados 534,4 milímetros. Já o recorde do Inmet, de 1991, da cidade de Florianópolis, é de 404,8 mm em 24 horas.
Para cada milímetro de chuva que cai, o volume equivale a um litro despejado por uma área de 1 metro quadrado.
Entre os motivos que ajudam a explicar o alto volume estão a cadeia de montanhas da Serra do Mar e uma frente fria vindo do mar
Até às 19h, o volume elevado de chuva na região deixou 40 mortos (39 em São Sebastião e um em Ubatuba). Como consequência, foi decretado estado de calamidade em seis cidades e luto oficial de três dias. Em todo o estado de São Paulo, são 1.730 desalojados e 766 desabrigados. Em Bertioga, foram registrados alagamentos, queda de árvores e barreiras, falta de luz e a rodovia Rio-Santos ficou interditada.
O triste recorde foi citado pelo governo de São Paulo em nota divulgada nesta segunda-feira (20). "São Sebastião foi um dos municípios mais afetados neste feriado prolongado de carnaval, com deslizamentos de encostas, alagamentos e bairros isolados devido à interdição de vias de acesso. O número de mortos já supera a tragédia de Franco da Rocha, em 2022, com o deslizamento que matou 18 pessoas. O acumulado de chuva nessa oportunidade foi de 70 milímetros em 24 horas", afirmou.
Meteorologista do Cemaden, Giovani Dolif afirma que a chuva que caiu na região durante o carnaval foi atípica. "Comum não é, até porque a gente não vê esse estrago nem todo dia, nem todo ano. A gente teve em Santos em 2020", afirma, citando a tragédia que deixou 45 mortos.
Maior chuva da história do país?
Seluchi, no entanto, afirma que não é possível dizer que essa chuva foi a maior da história do país, já que não há registros em toda a história do país e há regiões brasileiras que até hoje não tem medição, como áreas da Amazônia.
"É muito difícil dizer que é a maior da história. Temos chuva amazônicas que também não sabemos, não conhecemos, tem muito território que não tem um pluviômetro para registrar", pondera.
Para ilustrar a ponderação, o meteorologista cita uma chuva que foi registrada no Litoral Norte de São Paulo, na cidade de Caraguatatuba, em 1967, e deixou cerca de 450 mortos. "O pluviômetro [da cidade] comportava até 400mm e ele transbordou, não se sabe quanto choveu, mas pela magnitude dos estragos, parece ter sido muito pior que isso que aconteceu no fim de semana", afirma.
(G1)
Lamentável.
ResponderExcluirMas Deus sabe de tudo!
Povo vive igual maritaca....sabem dos riscos e constroem casa na pirambeira. Todo ano é essa merda. Ano que vem tem mais!
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