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sábado, 15 de outubro de 2022

MPT abre investigação por suposto assédio eleitoral de dirigentes de entidades lojistas em Passos, MG

 


Em vídeo divulgado nas redes sociais, empresários dizem aos trabalhadores que "pensem em garantir o seu emprego para 2023" e pedem voto para o atual presidente Jair Bolsonaro (PL).

O Ministério Público do Trabalho (MPT) abriu uma investigação para apurar a conduta de dirigentes de entidades lojistas de Passos (MG) por suposto assédio eleitoral.
Em vídeo divulgado nas redes sociais, os presidentes da Associação Comercial e Industrial de Passos (ACIP), Renato Mohallem; do Sindicato do Comércio Varejista de Passos (SINDPASS), Gilson Madureira e da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL), Frank Lemos Freire, dizem aos trabalhadores que "pensem em garantir o seu emprego para 2023" votando no candidato à reeleição à presidência, Jair Bolsonaro (PL).
"Conscientize o seu colaborador da importância da manutenção da política econômica em vigor no nosso país atualmente", diz o presidente da ACIP, Renato Mohallem, em um dos trechos.
"Você que é nosso colaborador, pense nisso, pense em garantir o seu emprego para 2023", diz Gilson Madureira, do SINDPASS, em outro trecho.
MPT abre investigação por suposto assédio eleitoral de dirigentes de entidades lojistas em Passos — Foto: Reprodução ACIP / Redes Sociais
Proposta de TAC
Segundo o Ministério Público do Trabalho, o caso é investigado como intimidação da liberdade política e da preservação do voto. Em audiência com o advogado dos representantes, foi proposto pelo MPT a realização de um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) para que os vídeos sejam excluídos e uma retratação nos mesmos moldes seja feita.
A defesa terá até o dia 18 de outubro para se manifestar. Caso o TAC não seja firmado, os empresários poderão ser processados.
O assédio eleitoral consiste em utilizar do poder empresarial e econômico para intimidar, coagir, ameaçar, insistir e influenciar o voto dos trabalhadores empregados.
Segundo o MPT, em menos de 20 dias, foram abertos 30 procedimentos administrativos para investigar denúncias de assédio eleitoral por empregadores em Minas Gerais. Em todo o país, são cerca de 200 denúncias.
(EPTV)

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