A Empresa WR Calçados, da cidade de Três Corações, está sendo investigada pelo Ministério Público do Rio de Janeiro suspeita de vender itens esportivos superfaturados para a Secretaria de Esporte daquele estado.
O contrato feito no fim do ano passado (2021) mostra o pedido de apitos, bambolês e bolas para diferentes esportes. O valor da compra é de quase R$ 14 milhões.
A WR Calçados tem autorização para vender apenas no varejo e não no atacado. Além disso, a empresa tem capital declarado de R$ 90 mil, um valor bem abaixo dos contratos firmados com o estado.
No contrato, a bola de basquete feminino aparece no valor de R$ 438,37 a unidade. Como foram pedidas 2 mil bolas, o valor total ficou em mais de R$ 800 mil.
O valor é quase quatro vezes maior do que o praticado no mercado. Segundo o UOL, em uma outra licitação feita por uma unidade da Marinha, em Belém, no Pará, o valor pago pela bola foi de R$ 90.
Pesquisa feita na internet, em lojas de material esportivo, mostra que os preços podem ser ainda menores. O RJ2 encontrou uma bola da mesma marca, com as mesmas características, por R$ 70. Neste caso, o sobrepreço passa de 500%.
Outras 2 mil bolas profissionais de basquete estão previstas na compra do RJ.
Sem registro para comércio atacadista
A revendedora WR calçados não tem registro na Receita Federal de comércio atacadista, por isso só pode vender no varejo e exclusivamente calçados. O processo de contratação da empresa foi rápido. Entre o pedido da cotação e a compra efetiva foram gastos apenas 17 dias.
O governo do estado chegou até essa empresa porque aderiu a uma ata de registro de preços feita pelo Consórcio Público Municipal de Inovação do Estado de São Paulo, Cindesp. É a chamada “licitação de carona”, onde a pesquisa de preços já foi feita por um outro órgão público. A Secretaria de Esporte do RJ aderiu à essa ata e diz que é permitido por lei.
Outras empresas
O RJ2 foi atrás dessas outras três propostas recebidas pelo governo para entender porque a melhor opção veio de uma empresa pequena do Sul de Minas.
A primeira empresa, a North Rio, com sede na Barra da Tijuca, explicou que não tem estoque ou loja física, e que as vendas são pelo site. Entretanto, a loja virtual da North Rio não foi encontrada.
A Leo Max, segunda empresa do edital, apresenta três números de telefone na proposta feita ao Governo do RJ, mas nenhum dos números informados completa a ligação. Na suposta sede da empresa, a placa de número 102 é um pedaço de papel. O portão estava fechado em pleno horário comercial e o vigilante disse que não conhecer a loja.
(Uol)
Essa "empresa" ai não é aquela envolvida nos trambiques do Ministerio dos Esporte no governo PT? O tempo passa e não muda nada,a roubalheira continua. Imagina só se o PT voltar a governar esse país de novo!!!!
ResponderExcluirQuem denunciou essa empresa aí apenas deu o troco neles pelo que eles fizeram. Que eles aprendam a não humilhar ninguém.
ResponderExcluirIh Paulão você está por fora... Aquele áudio do Ronaldo Vilela está dando um pepino gigantesco pra ele e o Nadico. A polícia federal deve vir a Três Corações.
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