Translate

segunda-feira, 4 de janeiro de 2021

'Tomei vacina menos de 24h depois do primeiro-ministro', diz brasileira em Israel


Por ser estrangeira, não dominar completamente a língua hebraica e não se considerar "hierarquicamente melhor que ninguém" no hospital em que trabalha em Israel, a médica brasileira Adriana del Giglio, de 32 anos, diz que não esperava ser vacinada tão cedo.

Agora, no entanto, ela conta que recebeu sua primeira dose da vacina (Pfizer/BioNTech) em 20 de dezembro, primeiro dia da campanha de vacinação contra covid-19 no país e menos de 24 horas após o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, ter sido vacinado.

"Chorei no momento da vacina", lembra. "O primeiro-ministro tomou e nem 24h depois eu estava tomando, uma simples imigrante. A gente se sente cuidado", disse à BBC News Brasil.

A médica paulista diz que pensou duas vezes antes de comemorar sua vacina ou compartilhar fotos do momento, visto que a maior parte da família e dos amigos (no Brasil) ainda não têm previsão de receber a vacina contra a covid-19. O que a motivou, ela diz, é a necessidade de conscientização de que a vacina "não é questão de direita ou esquerda, mas de saúde pública".

"É um privilégio muito grande (ter sido imunizada). O que me chamou atenção é que não tinha hierarquia na fila da vacinação — eram todos os funcionários na mesma fila, de mim até o diretor do hospital", diz ela, que é residente no hospital Ichilov, em Tel Aviv, onde mora há mais de dois anos.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Evite a ofensas a terceiros. Cuidado ao citar nomes. Tenha da mesma forma todo o cuidado com fake news. Lembre-se que na internet ninguém é anônimo; uma ordem judicial aos provedores pode sim identificar o autor;. É isso! Abraços e sejam sempre bem-vindos! Paulão.