O governo federal tenta evitar a divulgação do vídeo citado pelo ex-ministro Sergio Moro em seu depoimento, no último sábado (2), de reunião na qual o presidente Jair Bolsonaro teria pedido acesso a relatórios de inteligência policial e teria exigido a troca na superintendência da Polícia Federal no Rio de Janeiro.
Entre os motivos para evitar essa divulgação, está uma fala do ministro da Educação, Abraham Weintraub (foto). Depois de comentar medidas tomadas pelo STF que desagradaram o governo, o ministro disse que a Corte era composta por 11 “filhos da puta”.
Autoridades presentes na reunião afirmam que também tiveram palavrões, briga entre ministros, ataques à China, além da pressão pela troca na Polícia Federal.
A Presidência tem até o fim desta sexta-feira (8) para cumprir a determinação do ministro Celso de Mello e entregar a íntegra do vídeo gravado durante a reunião do dia 22 de abril, no Palácio do Planalto.
A Advocacia-Geral da União, que representa o presidente da República no inquérito aberto a partir das acusações do ex-ministro Sergio Moro, pede para ser autorizada a entregar apenas parte do registro da reunião. Em pedido encaminhado na quarta-feira (6) ao Supremo Tribunal Federal para reconsiderar a entrega do vídeo, a AGU justifica que, no referido encontro, “foram tratados assuntos potencialmente sensíveis e reservados de Estado, inclusive de Relações Exteriores, entre outros”.
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