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quarta-feira, 18 de março de 2020

Paciente com suspeita de coronavírus abandona hospital em Três Corações

Mulher teve contato com uma pessoa infectada em Belo Horizonte nos últimos dias, e deixou o hospital antes de realizar os exames.


A professora Elaine Maia Fernandes, de idade avançada, se apresentou nesta terça-feira (17) no Hospital São Sebastião na cidade de Três Corações, no Sul de Minas, com sintomas e suspeita do novo Coronavírus. Quando foi realizar o exame, a paciente deixou o local levando a ficha de atendimento dos médicos. O hospital registrou um boletim de ocorrência e faz um apelo para que a paciente retorne.

Segundo o diretor técnico da Fundação Hospitalar São Sebastião, William, a paciente que tem idade de alto risco para o vírus, teria tido contato com uma pessoa infectada em Belo Horizonte e apresentava problemas respiratórios e os sintomas de COVID-19. Após receber o primeiro atendimento, a equipe médica fez contato com a Regional de Saúde de Varginha, para ter orientação sobre a paciente.

Por apresentar critérios para fazer o diagnóstico, a equipe médica estava se preparando para coletar o exame com as vestimentas corretas, quando a paciente, que esperava em um local isolado no hospital, abandonou o local levando a ficha de atendimento médico por volta das 18h desta terça-feira (17). Ainda segundo o Diretor técnico do hospital, um boletim de ocorrência foi feito contra a paciente.

O médico fez um apelo para que a mulher faça contato com o hospital, ou com a Secretaria de Saúde do município, pois ela têm a necessidade de fazer o exame, já que apresenta indicações para fazer isolamento social e sintomas do COVID-19.

O OUTRO LADO
Segundo a professora Elaine, ela chegou no Hospital São Sebastião por volta das 16hs e foi atendida por um provável enfermeiro que preencheu sua ficha, pediu os nomes das pessoas as quais tinha tido contato em evento na cidade de Belo Horizonte, eis que soube depois que um deles teve confirmado o coronavírus; o rapaz disse que iria ligar para Belo Horizonte para ver os procedimentos a seguir, e confirmar se as pessoas de BH citadas tinham de fato o vírus. 
Elaine conta que depois disso o rapaz sumiu, e ela foi deixada em uma sala escura, não apropriada, isso por mais de duas horas.
Com a demora ela caminhou até a portaria e conversou com o vigia; disse que estava ali há mais de duas horas sem aparecer ninguém; o vigia concordou e disse que até estranhou sua permanência ali por tanto tempo. Ela então alertou o vigia que iria embora; ele pediu para ela esperar que ia buscar o enfermeiro. 
Logo chegou o enfermeiro e apresentou algumas desculpas e pediu para ela voltar à sala e espera; assim ficou por cerca de meia hora e nada, até que bateram em sua porta e alguém, sem entrar na sala, perguntou se era a Elaine. Ela confirmou. A pessoa, provavelmente um médico, disse que iria colocar uma roupa especial para examiná-la e com isso mais meia hora se passou e ninguém apareceu.
Elaine conta que foi nessa hora que ela, cansada e com fome, resolveu ir embora, especialmente quando viu sua ficha em cima de uma mesa, inclusive com seu endereço incorreto, ou seja, eles não telefonaram a ninguém, pensou, e nem para as pessoas, os deputados, o senador Álvaro Dias, ninguém dos que estavam no evento e por ela relatado. Foi nesse instante que ela pegou os papéis e deixou o Hospital.

Elaine já retornou ao Hospital São Sebastião, e ainda não foi divulgado o resultado de seu exame.

Um comentário:

  1. Isso mostra o despreparo dos profissionais de Saúde num evento sério como uma Pandemia, em atender os pacientes infectados.
    Existiu o atendimento do Hospital, mas a falta de um treinamento em atender o povo em tempos de epidemia e a falta de diálogo provocaram a confusão.

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