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quarta-feira, 18 de dezembro de 2019

Mangels, líder em rodas leves, põe sede em Três Corações

Mangels chegou em Minas em 1975 – Foto: Divulgação/Mangels
A Mangels Industrial S.A., maior fabricante do país de rodas leves automotivas e de vasilhames para gás liquefeito de petróleo (GLP), mudará a sede para fábrica de Três Corações, no Sul de Minas. A decisão veio, portanto, a reboque de longo processo de vendas de ativos e fechamento (2013) da própria matriza, a planta de São Bernardo do Campo (SP). Diante da persistente crise financeira, a companhia optou, então, pela recuperação judicial – solicitada em 2013; aprovada em 2014; e, encerrada em 2017.
As dívidas, na aprovação da recuperação, estavam em R$ 463 milhões. A Mangels recorreu à Justiça como proteção contra prováveis pedidos pelos credores. Mesmo assim, 15% (R$ 154,316 milhões) votaram contra o PJR da empresa: Bancos do Brasil, Safra, Banco Itaú Unibanco, Caixa Econômica Federal e Votorantim.
Os acionistas da Mangels se reunirão em AGE no dia 17 de janeiro. A companhia tem ações do capital social listadas na B3 (Brasil, Bolsa, Balcão), portanto, é empresa de capital aberto.
A convocação é assinada pelo herdeiro e presidente do Conselho de Administração, Robert Max Mangels. Ele é a terceira geração de um dos fundadores (Max Mangels Junior e Heinrich Kreutzberg) da Mangels. Fundada, em 1928, no bairro da Moca, São Paulo, como fábrica de baldes galvanizados, a sede está em São Bernardo desde 1968, portando, há meio século. Mangels chegou em Minas em 1975 
A empresa ingressou no nicho de rodas automotivas em 1958. Há anos é líder segmento no segmento de veículos leves. Em suas linhas de ponta estão: vasilhames para envase de GLP (líder nacional), reservatórios em aço de ar e eixo traseiro.
Mangels também lidera no mercado de botijões de gás. É fornecedora, ainda, de partes e conjuntos para montadoras de motos, ônibus e caminhões e indústria de eletrodomésticos. A chegada a Minas (1975) se deu atraída pela política da oferta de renúncia fiscal (diferimentos). Minas dava até dez anos de isenções no Imposto sobre Circulação de Mercadoria e Serviço (ICMS).
Ainda na Moca, conforme relata em sua página, a Mangels foi pioneira (1938) no país na fabricação de botijão para gás GLP – popular gás de cozinha.
Os reservatórios de ar (em aço), por sua vez, são aplicados em sistemas de compressores para freios de ônibus, caminhões e máquinas agrícolas. Mas, têm uso também na área industrial. Ainda no setor automotivo, entrega eixo traseiro para veículos leves.
Na Zona Franca de Manaus, desde 2008, a Mangels criou outro Centro de Serviços de Aço (CSA), com capacidade para processar 25 mil toneladas/ano de aços planos. De lá, são despachados rolos, blanks e chapas de aço de baixo carbono e alta resistência para setores de motocicletas, eletrodomésticos e acessórios e componentes para ferragens.
Entre os principais clientes em carteira, a Mangels lista Audi, Chery, Citroën, Fiat, Ford, GM, Geely, Honda, Hyndai, Jeep, Lifan, Mitsubish, Mercedes-Benz, Nissan, Peugeot, Renault, Suzuki, Toyota, Volkswagen, Ultragaz, Liquigás, Copagaz, Supergasbras, Consigaz, Fogas, Nacional Gás, Airzap, Iveco e MAN.
Em 30 de setembro, a Mangels apresentou à Bolsa o seguinte resultado acumulado:
Ativo total – R$ 378 milhões (R$ 348 milhões – 31/12/2018)
Patrimônio líquido (negativo) – R$ 381 milhões (R$ 364 milhões – 31/12/2018)
Receitas – R$ 415,9 milhões (R$ 360 milhões, no período de 2018)
Prejuízo líquido – R$ 17 milhões (R$ 52 milhões, no período de 2018)Mangels é líder também na fabricação de botijões para GLP –
Mesmo em Recuperação Judicial, a metalúrgica paulista iniciou processo de investimentos de R$ 45 milhões. Priorizou a modernização e melhoria do perfil da dívida. Todavia, a mexida mais significativa foi a redução de 52 para 25 (mais de 50%) o número de executivos. Assim, relatou (2017) o então diretor de Finanças, Administração e Relações com Investidores, Fábio Mazzini, foi gerada economia anual de R$ 9,5 milhões. Em 2018, Mazzini assumiu posto de diretor-geral da Mangels Industrial S/A.
As ações do capital da empresa com direito a voto estão assim distribuídas: 99,92% com a Mangels S.A. (não possui ações preferenciais) e, outros, 0,08%. Porém, pela média com ações preferenciais, o controle do capital total está assim: Robert Max Mangels (15,15%), Caixa (8,29%), José Antônio Botoluzzo Neto (6,92%), Antônio Farina (4,32%), André Ricardo Beim (5,01%), Mangels S.A. (35,72%) e outros (24,49%).
Em 31 de dezembro de 2018, a companhia apresentou prejuízos acumulados de R$ 545 milhões (R$ 499 milhões, 2017) e capital social de R$ 171 milhões (R$ 171 milhões, 2017).
(Além do Fato)

Um comentário:

  1. tá sabendo que a vereadora Juliana está sendo investigada por crime de "rachadinha", o ex secretário adjunto Reinan está com a justiça em sua cola, ele entregou a cabeça da vereadora.

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