Dos 853 municípios mineiros, o Partido Novo terá candidato às eleições municipais em 19. O número é tímido e corresponde a apenas 2,2% do total de cidades do Estado. Além de Uberaba, as outras cidades são: Belo Horizonte, Betim, Contagem, Nova Lima, Pedro Leopoldo, Sete Lagoas, Juiz de Fora, Poços de Caldas, Varginha, Três Corações, Uberlândia, Araxá, Ituiutaba, Patos de Minas, Taiobeiras, Montes Claros, Governador Valadares e Ipatinga.
Decisão do diretório da legenda vai na contramão de cenários apresentados em pleitos anteriores por siglas que tinham em mãos o governo de Minas. Isso porque, tradicionalmente, a agremiação do governador lança centenas de candidatos às prefeituras, usando capital político do chefe do Executivo estadual para se elegerem e, por consequência, o partido se expande no Estado.
Em 2016, o PT do então governador Fernando Pimentel lançou 202 candidatos às prefeituras mineiras. Anos antes, em 2012, o partido do governador Antônio Anastasia, o PSDB, teve 315 candidaturas, número semelhante aos anos de Aécio Neves, em 2008 e 2004, com 332 e 333, respectivamente.
A decisão do diretório nacional do Novo foi de que somente as cidades que tivessem pelo menos 150 filiados até o dia 15 de junho, contribuindo com R$ 30 por mês com a agremiação, poderiam construir diretório municipal da legenda e, consequentemente, lançar nomes aos postos de prefeito e vereador no ano que vem. Bernardo Santo, presidente do diretório estadual, justifica a medida porque o partido é jovem, não usa dinheiro do fundo partidário e, por isso, requer cautela antes de abrir diretórios municipais.
O presidente estadual da sigla ainda ressalta a questão ideológica do Novo e explica que todos os filiados precisam estar alinhados com os ideais partidários. “Elegemos o governador, mas temos apenas três anos de vida. Queremos abrir outros (diretórios), mas como não usamos o fundo partidário, tempos que fazer isso de maneira um pouco mais programada. Não é simplesmente chegar e abrir as portas, precisamos de sustentação financeira e ideológica. Por isso, precisamos dessa quantidade mínima de filiados nos municípios”, afirmou.
Ainda segundo Bernardo Santo, agora o partido começa a buscar voluntários dispostos a trabalhar nesses 19 municípios. “Temos que encontrar pessoas nessas cidades que queiram trabalhar voluntariamente e que tenham agendas ligadas com as nossas. Essas pessoas vão coordenar, por enquanto, núcleos, mas que vão se transformar em comissões provisórias. Elas terão a responsabilidade de procurar os candidatos e de começar a fazer alguma arrecadação para o partido para que ele possa ter condições de reestruturar na região. Isso além dos R$ 30 mensais”, disse.
Os interessados em participar das eleições de 2020 pelo Novo em Minas vão, ainda, passar por um processo seletivo. “Esses nomes são apenas uma indicação. O processo vai avaliar se a pessoa tem a qualificação e o perfil necessários para os cargos e se ela realmente é aderente aos princípios e aos valores do partido”, explicou.
*Com informações do jornal O Tempo
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