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segunda-feira, 24 de abril de 2017

Unincor: Janot, Procurador geral, pede prisão de Ruy Muniz

O procurador geral de Justiça, Rodrigo Janot Monteiro Barros, pediu o cancelamento do habeas corpus concedido ao ex-prefeito Ruy Muniz, na prisão preventiva decretada pelo Tribunal de Justiça de Minas Gerais, em setembro do ano passado, na “Operação Tolerância Zero”. Na manifestação apresentada ao Supremo Tribunal Federal, datada de 24 de fevereiro, mas que se tornou pública somente agora, o procurador geral argumenta que a prisão preventiva de Ruy Muniz - e de seus companheiros - se faz necessária para interromper ou diminuir a atuação da organização criminosa. O habeas corpus foi concedido pelo ministro Marco Aurélio Melo, que tem a função de analisar o pedido da Procuradoria Geral.

No dia 16 de setembro de 2016, a desembargadora Márcia Milanez, do Tribunal de Justiça de Minas Gerais, concedeu a prisão preventiva contra Ruy Muniz e seu filho, Ruy Gabriel, além de Leonardo Andrade e Cristiano Junior. No dia 13 de outubro, o ministro Marco Aurélio, do Supremo Tribunal Federal, concedeu o habeas corpus, mas como o então candidato Ruy Muniz passou a explorar a imagem do ministro no programa eleitoral de rádio e televisão, isso irritou Marco Aurélio, que pediu ao Procurador Geral de Justiça para averiguar o caso. No Superior Tribunal de Justiça o pedido de habeas corpus tinha sido negado.

Porém, o processo retornou ao Fórum de Montes Claros. Como Ruy Muniz perdeu o foro privilegiado desde 31 de dezembro, por ter deixado de ser prefeito, todo processo retornou a comarca e está nas mãos do juiz Fausto Geraldo Ferreira, da 2ª Vara Criminal de Montes Claros. No entanto, surgiu um problema: como o STF tinha apenas concedido a liminar no pedido de habeas corpus, a desembargadora Márcia Milanez apenas suspendeu a prisão preventiva, para aguardar a análise do mérito. O juiz montes-clarense tem de decidir se refaz a liminar da desembargadora ou se manda prender o ex-prefeito Ruy Muniz.

A operação Tolerância Zero, realizada pela Polícia Civil, acusou esquema de irregularidades na contratação de maquinário na Empresa Municipal de Obras e Serviços Urbanos (Esurb) e na aquisição de combustíveis pela empresa municipal, que teria beneficiado o então prefeito Ruy Muniz. No dia 16 de setembro a prisão preventiva dos acusados vazou para a imprensa e, com isso, Ruy Muniz e seu filho Ruy Gabriel conseguiram fugir da prisão. Os seus assessores Leonardo Andrade e Cristiano Junior foram presos pela Polícia Federal e ficaram mais de 30 dias no Presídio Alvorada.
(Gazeta Norte Mineira)

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