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domingo, 6 de novembro de 2016

DIRIGENTES. IMPRENSA E TORCEDORES CLASSSIFICAM POLÍCIA MILITAR DE VARGINHA COMO DESPREPARADA

Destruição de grades, freezers e catacras
no  setor da torcida do Guarani
Varginha, MG, 5 (AFI) – Enquanto o Boa Esporte comemorava o inédito título do Campeonato Brasileiro da Série C, os jogadores do Guarani saíram em direção à torcida campineira que estava sendo ameaçada e agredida pela Polícia Militar. Os policiais usaram balas de borracha, bombas de efeito moral e spray de pimenta em cima da torcida visitante criando uma grande confusão
     Dirigentes e imprensa de Campinas foram em direção aos policiais pedindo para que parassem com a violência. Mas só aumentou a revolta. Marquinho Luis, repórter da Rádio Bandeirantes de Campinas, foi agredido com um cassetete pelo sargento Torres. O médico do clube, Wanderley Rondini, levou uma coronhada no nariz do capitão Alexandre, que era o responsável pelo policiamento em campo.
     Esta interferência junto aos policiais deu tempo para que a torcida pudesse deixar as arquibancadas do estádio do Melão. Perto de cinco mil torcedores saíram de Campinas em direção a Varginha, Sul de Minas, percorrendo uma distância de 306 quilômetros.
OS CONFRONTOS
Os primeiros confrontos com a PM aconteceram ainda na estrada. Uma parte da caravana – 20 ônibus – ficou presa a 15 quilômetros da cidade para uma demorada revista. Perto de mil torcedores já entraram campo no final do primeiro tempo, quando o placar já apontava 2 a 0 para o Boa Esporte.
     Houve também confronto com a demora na revista nos portões de entrada, com o policiamento usando spray de pimenta para conter os torcedores. A torcida bugrina errou ao usar dois sinalizadores aos 40 minutos do segundo tempo, paralisando o jogo por alguns minutos.
REVOLTA GERAL
O goleiro Leandro Santos, um dos jogadores que tentou impedir a ação da PM, estava inconformado.
“É uma covardia. Estão atirando contra crianças, no meio da multidão, podendo machucar inocentes”.
     Os dirigentes bugrinos também se envolveram na confusão e foram unânimes em dizer que houve um total despreparo por parte da Polícia Militar.
     "Isso aqui é pura covardia, um abuso de autoridade. Estão tacando nossa torcida sem que existe uma razão” – dizia aos gritos o presidente Horley Sena. Para Palmeron Mendes, vice-presidente, “a força usada pela polícia foi totalmente desnecessária”.
RASTRO DE DESTRUIÇÃO
A partir da violência da Polícia Militar, a revolta foi tamanha nas arquibancadas. Os torcedores mais exaltados de Campinas passaram a destruir o local.
     Três freezers foram tirados do bar do setor e atirado nas arquibancadas. Grades de separação, alambrado e também catracas foram atiradas amassadas, inclusive no fosso que separa a arquibancada do gramado.
     As imagens foram registradas pelo repórter Rafael Pio, da CBN Campinas, após o jogo. Não se tinha registro, ainda à noite, de eventuais problemas fora do estádio. Mas é normal que tenha sido registradas ocorrências, até mesmo de vandalismo de alguns poucos 'torcedores'.

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