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segunda-feira, 22 de maio de 2023

Mais mulheres jovens morrem de enfarte e sintomas são diferentes do que nos homens; veja quais


O Brasil teve aumento de cerca de 62% na quantidade de mortes de mulheres de 15 a 49 anos por enfarte de 1990 para 2019, segundo dados da Sociedade Brasileira de Cardiologia. Na faixa etária de 50 a 69 anos, o número quase triplicou, com alta de aproximadamente 176%.

Isso porque elas podem ter sintomas diferentes daqueles apresentados homens. Eles geralmente sentem dor intensa no peito, enquanto elas podem sentir apenas cansaço extremo ou sinais semelhantes a uma crise de ansiedade.

Além disso, Gláucia aponta que muitos médicos não estão preparados para diagnosticar corretamente o enfarte em mulheres. “Geralmente, as pessoas chegam no pronto-socorro com obstrução coronária. Só que existem muitas mulheres que têm um tipo diferente de enfarte, que a gente chama de ‘minoca’, em que há uma disfunção arterial igual a de um homem, mas sem a existência de uma placa aterosclerótica (placa de gordura que obstrui o vaso sanguíneo)“, diz.

Historicamente, foi atrelado aos homens maior risco de enfarte por seus hábitos de vida, que geralmente são menos saudáveis que os das mulheres. Diante disso, muitos médicos da família e clínicos gerais, que são aqueles que atendem em pronto-socorro, estão mais atento aos sinais do problema cardiovascular nos homens.

“Os cardiologistas sabem dessa diferença, mas os médicos que estão nas emergências geralmente não sabem. Por isso, queremos conscientizá-los, além das próprias mulheres, sobre o diagnóstico“, diz Gláucia. Ela coordenou, pela SBC, um documento que indica a necessidade de protocolos médicos específicos para prevenção, diagnóstico e tratamento de enfarte nas mulheres.

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