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sexta-feira, 2 de março de 2018

PF quer focar na investigação de acusações antigas de propina a Temer

Nestes 60 dias de prazo estendido para a PF (Polícia Federal) concluir o inquérito sobre o Decretos dos Portos, os investigadores querem focar na análise de 1 processo arquivado em 2011 e que narrava pagamentos de propina ao presidente Michel Temer. Mas ainda não teve acesso aos documentos.
Em janeiro, a PF pediu acesso ao inquérito. Mas só na última 2ª feira (26.fev.2018) veio a resposta: o pedido não foi feito à Vara certa. Assim começa tudo de novo.
Agora, os investigadores se debruçam sobre outros pontos-chave para a apuração.
amigo de Temer – tomar depoimento do coronel João Batista de Lima (que adia há meses a audiência alegando problemas de saúde);
50 perguntas – análise das respostas de Temer;
sigilo – captação e análise dos dados de quebra de sigilo bancário, telefônico e fiscal dos investigados;
transportes – compilação de informações fornecidas pelo Ministério dos Transportes.
O caso
A PF investiga se há correlação entre os fatos narrados naquela época (início dos anos 2000) com o inquérito, em curso atualmente, sobre a edição do decreto que beneficia o setor portuário.
Os autos citam acusação de que Temer teria recebido cerca de R$ 600.000. De acordo com a investigação, 7,5% dos contratos da Codesp, estatal que administra o porto de Santos, eram separados como “caixinha”.
A “caixinha” seria dividida entre Temer e Marcelo de Azeredo, na época presidente da companhia, “e 1 tal de Lima”, identificado pelos investigadores como o coronel aposentado da PM paulista João Baptista Lima Filho. O coronel é amigo de Temer e proprietário da empresa Argeplan.
Segundo o inquérito, Temer ficaria com metade da “caixinha”. A outra parte seria dividida entre Azeredo e o coronel.
Os indícios para abertura do inquérito tiveram uma origem curiosa: foram apresentados pela psicóloga Érika Santos em 1 processo em que pedia pensão do ex-marido, Azeredo.
Érika alegou que os rendimentos de Azeredo eram mais altos do que o declarado e vinham de propina paga por empresas do porto.
A acusadora também citou que metade desses valores era repassada a Temer, o “padrinho político” de Azeredo. O caso foi arquivado em 2011 depois que Érika desistiu da ação.
O presidente nega irregularidades.
(Fernando Rodrigues)

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