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sexta-feira, 12 de janeiro de 2018

Pimentel e Aécio podem reeditar 2010 e se enfrentar por vagas no Senado

A disputa pelas duas cadeiras no Senado por Minas Gerais pode reviver a eleição de 2010. Tal qual naquele pleito, Aécio Neves (PSDB) e Fernando Pimentel (PT) podem vir a disputar a preferência do eleitor mineiro.
Segundo interlocutores ouvidos pelo Aparte, o governador Fernando Pimentel cogita deixar de tentar a reeleição ao governo do Estado para concorrer ao Senado. O motivo para isso seria o temor de não se reeleger. O petista avalia que o desgaste com os servidores por causa do pagamento parcelado dos salários e os atrasos em repasses ao municípios poderiam minar suas chances de ser reeleito governador.
Conquistar uma vaga no Senado é visto pelos aliados do petista como uma maneira mais fácil de ser eleito e manter o foro privilegiado, prerrogativa que perderia caso não fosse reeleito governador. No entanto, para concorrer ao Senado, Pimentel terá que deixar o cargo de chefe do Executivo estadual até abril, o que custaria o fim do foro privilegiado ao petista. Ele só reconquistaria o foro se fosse eleito e diplomado.
Pimentel foi denunciado três vezes por causa da operação Acrônimo. O petista é suspeito de corrupção passiva, tráfico de influência e lavagem de dinheiro. Ele teria beneficiado, em troca de propina, a montadora Caoa e as empreiteiras Odebrecht e JHFS quando era ministro de Indústria, Comércio Exterior e Serviços.
Já Aécio Neves (PSDB), depois de ter sido gravado pelo delator da JBS, Joesley Batista, pedindo R$ 2 milhões, sofreu um desgaste político e até pensou, em conversas com aliados, a disputar uma cadeira na Câmara dos Deputados em vez de concorrer à reeleição ao Senado. A possibilidade foi aventada para que o tucano mantivesse o foro privilegiado.
No entanto, o próprio Aécio, durante a convenção estadual do PSDB, em novembro, disse que não disputaria um cargo na eleição proporcional.
Tanto o petista quanto o tucano fazem um cálculo simples: com duas vagas em disputa para o Senado e com a possibilidade de vários concorrentes ao cargo, a quantidade de votos necessária para ser eleito seria menor. Em 2010, Aécio foi eleito como o mais votado, com 7,65 milhões de votos. Vale lembrar que ele havia acabado de deixar o governo do Estado após dois mandatos consecutivos. Em segundo lugar ficou Itamar Franco (PPS), com 5,12 milhões de votos. Pimentel ficou em terceiro lugar, com pouco mais de 4,59 milhões de votos.
As duas candidaturas ao Senado alterariam de forma drástica o panorama eleitoral de 2018. Sem uma tentativa de reeleição, a base governista em Minas ficaria em um vácuo sem candidatos aparentes. Sem contar que o governo do Estado cairia no colo do vice-governador Antônio Andrade, o que o tornaria candidato praticamente imediato à reeleição.
A oposição também precisaria se reorganizar. Atualmente, o ex-prefeito de Belo Horizonte Marcio Lacerda (PSB) se coloca como pré-candidato ao Palácio Tiradentes. Pimentel e Aécio, em 2008, chegaram a se unir para apoiar o pessebista.
Em família. Acusada pela operação Acrônimo de supostamente ter participado de esquemas de desvio de recursos públicos, a mulher do governador Fernando Pimentel, a publicitária Carolina Pimentel, também pode aparecer nas urnas.
Segundo os mesmos interlocutores, em conversa com a coluna, Carol Pimentel tentaria uma vaga na Câmara Federal pelo PT. Não seria a primeira vez que ela procuraria um refúgio no foro privilegiado. Em 2016, o próprio marido chegou a nomeá-la como secretária de Estado de Trabalho, mas a Justiça acabou impedindo a posse.
(Fonte: A.Parte)

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