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quarta-feira, 29 de março de 2017

PRISÃO: OU VALE PARA TODAS OU PARA NENHUMA

Acusada de corrupção junto com o marido, Adriana ficará em prisão domiciliar

Ricardo Noblat

Adriana Ancelmo, a mulher do ex-governador Sérgio Cabral, deverá trocar, hoje, a cela que ocupava numa penitenciária do Rio pelo conforto do seu apartamento no Leblon, zona sul da cidade, e o metro quadrado mais caro do país. Assim decidiu uma ministra do Superior Tribunal de Justiça (STJ) quando estava em viagem a Paris na semana passada.
Acusada de corrupção junto com o marido, Adriana ficará em prisão domiciliar sujeita a duas severas restrições: não poderá telefonar para ninguém nem receber telefonemas. E não terá acesso à internet. Tudo para poder se dedicar com exclusividade à criação de seus dois filhos menores, que passaram os últimos meses privados da companhia dela e do pai.
Meritória a decisão da Justiça - desde que as centenas ou milhares de mulheres presas, mães de filhos menores, cujos pais também estejam presos ou ausentes de casa, possam ter direito ao mesmo tratamento. Tais mulheres, quase sempre, são pobres. Quem advogará por elas? Haverá juízes por aí tão sensíveis e rápidos no gatilho como foi a ministra do STJ?

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